Escrita, representações gráficas e cognição

Abstract

apresentados por sujeitos pouco ou muito letrados – é uma constatação presente tanto na literatura como na prática da educação de jovens e adultos. O texto propõe a reflexão dessa diferença, a partir da experiência da escrita e de outras representações gráficas, compreendendo-as como objetos conceituais de primeira ordem: ou seja, como objetos de conhecimento que devem ser apreendidos não só como signos convencionais, mas também como objetos de pensamento que organizam o mundo de uma determinada maneira, que dão visibilidade a certos aspectos da realidade, que produzem certas formas de raciocínio e que são, aqui, apresentados como recursos fundamentais para a existência da vida moderna.

Scholarly literature on youth and adults literacy, as well as practical experiences, acknowledge that there are different “modes of thinking” stemming from both highly and lowly literate people. The article suggests that such difference be analyzed based on writing and other graphic representations, understanding them as primary conceptual objects, i.e., as objects of knowledge that should not only be internalized as conventional signs, but also as objects of thought that organize the world in a certain way, that give visibility to certain aspects of reality, that produce certain forms of thinking and that are, herein, presented as fundamental resources for the existence of modern life.