Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorStigger, Marco Paulopt_BR
dc.contributor.authorFreitas, Maitê Venutopt_BR
dc.date.accessioned2016-01-05T02:40:05Zpt_BR
dc.date.issued2015pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/131479pt_BR
dc.description.abstractA iniciação esportiva voltada para o alto rendimento na infância é um tema que gera muitas críticas, dentre as quais destacam-se as afirmativas de que essa prática retira a ludicidade da vida das crianças, o que conduz ao baixo rendimento ou mesmo ao abandono da escola, também causando estresse pelas altas cargas do treino físico e exigências por resultados em competições. Na Educação Física, os estudos sobre essa temática centram-se basicamente em três temas: a busca por talentos esportivos, a crítica ao esporte de alto rendimento e a importância dos pais e treinadores na carreira esportiva das crianças. Esses estudos abordam os aspectos do desenvolvimento físico, psicológico e social das crianças quando envolvidas com o esporte de alto rendimento, e, com isso, diversas sugestões pedagógicas são apontadas. Assim, a partir dessa revisão de literatura, percebo que muito se sabe sobre o que é recomendado ou não para as crianças no campo esportivo, porém pouco se sabe sobre como as crianças vivenciam e atribuem significados ao esporte com o qual se envolvem. Por conta disso, o objetivo desse trabalho é compreender como crianças são constituídas atletas na iniciação esportiva para o alto rendimento na Ginástica Artística e quais os significados que essas crianças atribuem ao contexto do treino esportivo do qual fazem parte. Para o desenvolvimento do estudo, realizei – durante 9 meses – observações em treinos e competições de uma pré-equipe feminina de Ginástica Artística (GA), composta por atletas com idades entre 8 e 12 anos, de um clube esportivo de Porto Alegre/RS. Além das observações, desenvolvi diários de campo e entrevistas semiestruturadas com as atletas e uma treinadora. A partir da produção dos dados, identifiquei que o processo da formação de ginasta ia além do preparo de corpos hábeis para a prática da GA, pois as meninas também aprendiam a ‘ser’ e a se ‘comportar’ como ginastas. Essas maneiras de ‘agir’ nos treinos incluíam aspectos estéticos, como prender os cabelos, e comportamentais, como saber resistir à dor, enfrentar o medo, submeter-se a algumas restrições e assumir muitos compromissos. Diante desse processo de socialização, questionei: por que as meninas frequentavam os treinos de GA? A partir desse questionamento, percebi que alguns aspectos dos treinos eram ‘atrativos’ para as ginastas, como o ‘movimento’, o enfrentamento de ‘desafios’ que essa modalidade exigia e a ‘diversão’. Após os apontamentos sobre alguns significados que o contexto esportivo possuía para as ginastas, estabeleci uma relação entre o debate sobre o esporte na Educação Física e a Infância em diferentes áreas. Do mesmo modo que o esporte é muitas vezes tratado como uma prática homogênea, disciplinadora e reprodutora da lógica capitalista, a infância é entendida de um modo generalista, assim como a criança é vista como reprodutora da cultura que lhe é transmitida e um produto da sociedade capitalista. Diante dessa relação, busquei mostrar como perspectivas advindas da Antropologia da Criança e da Sociologia da Infância ajudam para o avanço desse debate.pt_BR
dc.description.abstractLa iniciación deportiva orientada para el alto rendimiento en la infancia es un tema que genera muchas críticas, entre las cuáles se destacan las afirmaciones de que esta práctica retira lo lúdico de la vida de los niños, lo que conduce a un bajo rendimiento o al abandono escolar, también causando estrés por las altas cargas de los entrenamientos físicos y la exigencia por los resultados en las competiciones. En Educación Física, los estudios sobre esa temática se centran básicamente en tres temas: la búsqueda por talentos deportivos, la crítica al deporte de alto rendimiento y la importancia de los padres y los entrenadores en la carrera deportiva de los niños. Estos estudios abordan aspectos del desarrollo físico, psicológico y social de los niños mientras están involucrados en el deporte de alto rendimiento, y, con eso, se señalan diferentes propuestas pedagógicas. Así, a partir de la revisión de esta literatura, percibo que mucho se sabe sobre lo que es recomendado o no para los niños en el campo deportivo, pero poco se sabe sobre cómo los niños vivencían y atribuyen significados al deporte con el que están envueltos. Por esto, el objetivo de este trabajo es comprender cómo los niños son constituidos atletas en la iniciación deportiva de alto rendimiento en la Gimnasia Artística y cuáles son los significados que ellos atribuyen al contexto del entrenamiento deportivo del cual hacen parte. Para el desarrollo de la investigación, realicé – durante 9 meses – observaciones en los entrenamientos y las competiciones de un pre equipo femenino de Gimnasia Artística (GA), compuesto por atletas entre 8 y 12 años de edad, de un club deportivo de Porto Alegre/RS. Además de las observaciones, desarrollé diarios de campo y entrevistas semi estructuradas con las atletas y una entrenadora. A partir de la producción de los datos, identifiqué que el proceso de formación de la gimnasta va más allá de la preparación de los cuerpos hábiles para la práctica de la GA, pues las niñas también aprenden a ‘ser’ y a ‘comportarse’ como gimnastas. Esas formas de ‘actuar’ en el entrenamiento incluyen aspectos estéticos, tal como saber recoger el cabello, y conductual, cómo resistir al dolor, enfrentar el miedo, someterse a algunas restricciones y asumir muchos compromisos. Ante este proceso de socialización, me pregunté: ¿Por qué las niñas frecuentaban los entrenamientos de GA? A partir de este cuestionamiento, me di cuenta que algunos aspectos de los entrenamientos eran ‘atractivos’ para las gimnastas, como el ‘movimiento’, el enfrentamiento de ‘desafíos’ que esta modalidad exige y la ‘diversión’. Después de las notas sobre algunos significados que el contexto deportivo tenían para las gimnastas, establecí una relación entre el debate sobre el deporte en la Educación Física y la infancia en diferentes áreas. Así como el deporte es muchas veces tratado como una práctica homogénea, disciplinadora y reproductora de la lógica capitalista, la infancia es entendida de una forma general, así como el niño es visto como reproductor de la cultura que se le transmite y un producto de la sociedad capitalista. Frente a esta relación, busqué mostrar cómo perspectivas provenientes de la Antropología del niño y de la Sociología de la Infancia ayudan para el avance de este debate.es
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectNiñoses
dc.subjectEsporte de rendimentopt_BR
dc.subjectEsportespt_BR
dc.subjectInfanciaes
dc.subjectCriançaspt_BR
dc.subjectDeportees
dc.subjectGimnasia artísticaes
dc.subjectGinástica artísticapt_BR
dc.titleA participação das crianças no esporte de alto rendimento : para além do 'como deve ser'pt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb000980703pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentEscola de Educação Física, Fisioterapia e Dançapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humanopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2015.pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples