Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorTutikian, Jane Fragapt_BR
dc.contributor.authorRückert, Gustavo Henriquept_BR
dc.date.accessioned2016-01-09T02:42:22Zpt_BR
dc.date.issued2015pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/131727pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho tem como objetivo investigar as características que o romance adquire em Portugal e em Angola ao assumir um discurso pós-colonial. Em virtude das diferentes posições ocupadas pelos dois países durante a colonização, as representações romanescas desse processo acabam sendo também distintas, enfatizando relações de identidade e de diferença no diálogo entre as obras. No método de análise abordado, unem-se então os pressupostos da teoria da literatura aos da análise cultural. Dessa forma, os textos literários são lidos a partir dos mecanismos estético-ideológicos que utilizam para construir as suas representações das relações coloniais. Para isso, os estudos de teóricos e críticos pós-coloniais como Homi Bhabha, Stuart Hall, Boaventura de Sousa Santos, Ana Mafalda Leite, Margarida Calafate Ribeiro e Jane Tutikian, além das contribuições de Jacques Derrida acerca da filosofia da linguagem, são de fundamental importância. De uma maneira mais específica, os romances são analisados em pares (sempre um português e um angolano) que buscam representar três momentos distintos da história da colonização portuguesa em territórios africanos: o período colonial; o período das guerras de libertação, nas décadas de 1960 e início de 1970; e, por fim, o momento imediatamente posterior à independência, chamado de período de descolonização. Para o primeiro momento, o estudo é composto a partir das obras Partes de África, de Helder Macedo, e Nosso musseque, de Luandino Vieira. Para o segundo, A costa dos murmúrios, de Lídia Jorge, e Mayombe, de Pepetela. Por fim, para o terceiro momento, As naus, de Lobo Antunes, e Estação das chuvas, de José Eduardo Agualusa. Como resultado, o entrecruzamento de mecanismos estético-ideológicos semelhantes e diferentes nos romances analisados evidencia o fato de que esse gênero alimenta-se da alteridade para constituir um discurso pós-colonial. Assim, percebe-se a existência de um sistema pós-colonial em língua portuguesa que vai além do nacional. Essa rede de textos constitui uma narrativa polifônica da colonização, visto que preserva as devidas tensões não só na forma de representação romanesca, mas também nas variações do discurso assumido, inviabilizando tomar seu conjunto de maneira homogeneizante.pt_BR
dc.description.abstractThis work intends to investigate the characteristics the novel acquires in Portugal and in Angola by adopting a postcolonial discourse. In view of the different positions of both countries during colonization, novelistic representations of this process become eventually distinct, with emphasis on the relations of identity and difference in the dialogues among works. Literary theory’s presuppositions are then associated with cultural analysis’ postulations in the present methodological approach. Literary texts are thus and so read from the aesthetic and ideological mechanisms which they employ in order to construct their representations of colonial relations. In order to accomplish that, the studies of postcolonial theoreticians and critics such as Homi Bhabha, Stuart Hall, Boaventura de Sousa Santos, Ana Mafalda Leite, Margarida Calafate Ribeiro and Jane Tutikian, as well as the contributions of Jacques Derrida on language philosophy, are of utmost importance. Specifically, novels will be analyzed in pairs (invariably a Portuguese work and an Angolan one) which pursue the representation of three different moments of the history of Portuguese colonization in African territories: the colonial period; the liberation wars period, set in the 1960’s and the beginning of the 1970’s; and, at last, the moment immediately after the independence, known as the decolonization period. Throughout the first moment, the study comprehends the works of Partes de África, by Helder Macedo, and Nosso musseque, by Luandino Vieira. During the second part, A costa dos murmúrios, by Lídia Jorge, and Mayombe, by Pepetela. Finally, in the third moment, As naus, by Lobo Antunes, and Estação das chuvas, by José Eduardo Agualusa. As a result, the intertwining of similar and different aesthetic and ideological mechanisms in these novels highlight the fact that this genre feeds on otherness to form a postcolonial discourse. Therefore, the existence of a postcolonial system in Portuguese language that goes beyond the national is perceivable. This web of texts constitutes a polyphonic narrative of colonization, seeing it preserves the due tensions not only in its novelistic representation, but also in the variations of the discourse at play, turning unviable to take its ensemble in a homogenizing way.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPós-colonialismopt_BR
dc.subjectNovelen
dc.subjectHistoryen
dc.subjectRomancept_BR
dc.subjectPostcolonialismen
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.subjectPortugalpt_BR
dc.subjectAngolapt_BR
dc.titleEntre pós-colonialismos : Portugal e Angola, diferentes histórias e distintos romancespt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000981113pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2015pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples