De professor a aprendiz

Abstract

Este trabalho pretende sensibilizar para um olhar mais atento nas práticas de dança que são desenvolvidas na educação infantil, abordando a colaboração como estratégia para estabelecer uma relação do ensino com a aprendizagem. Busca-se um lugar para o corpo-sujeito na educação, pensando de que forma se dá a inserção deste corpo neste processo, aproximando-se conceitualmente de José Gil, que postula que devemos impregnar-nos de um objeto para que possamos sê-lo, juntamente com Virginia Kastrup que considera as possibilidades de uma cognição inventiva, que diz respeito não só a forma de resolver os problemas, mas de inventar outra forma de propôlos. Percorre-se o espaço da educação infantil, onde a pesquisadora ministrou quatro aulas numa escola da rede privada de Porto Alegre. Para essas aulas usou-se instrumentos como diário de campo, registro em foto e vídeo, no que diz respeito à dança procurou-se traçar uma possível relação de relativização do papel social do professor baseado no que diz Foucault sobre os jogos de poder. A pesquisa apontou a necessidade de pensar como está o corpo na educação, pois durante as tentativas de elaborar uma relação colaborativa, constatou-se que havia uma defasagem no que tange o entendimento da abertura para uma intervenção dos alunos na estrutura de aulas trazida pelo professor.