A fonoaudiologia sob a visão de equipes da estratégia de saúde da família : a estratégia de um programa de educação pelo trabalho para a saúde

Abstract

Objetivo: Verificar os conceitos e visões de Equipes da Estratégia de Saúde da Família sobre a Fonoaudiologia. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, transversal, por meio de entrevistas guiadas por questionário semi-estruturado. A amostra foi selecionada por conveniência e constituída por dois grupos: Grupo Experimental, composto por nove profissionais de três ESFs que tiveram contato com a Fonoaudiologia no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Grupo Controle, composto por três ESFs do mesmo distrito, porém, que não tiveram atividade com a Fonoaudiologia no Programa de Educação, contando também com nove sujeitos. Resultados: O Grupo Experimental apontou mais citações espontâneas sobre a prática fonoaudiológica, demonstrando maior conhecimento das possibilidades de atuação deste profissional dentro e fora do âmbito clínico e na Atenção Primária. Conclusões: Houve diferença entre as visões dos grupos, e os relatos qualitativos mostram que o contato e a participação em atividades do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde com o núcleo da Fonoaudiologia foi a variável que enriqueceu e ampliou a visão dos profissionais das Equipes de Saúde da Família.

Purpose: To check the concepts and opinions of the Family Health Strategy Teams about Speech, Language and Hearing Sciences. Methods: It’s about a qualitative and transversal study. Data were collected with a semi-structured questionnaire. The sample was selected by convenience and consists of two groups: the Experimental Group, composed of nine professionals of three Family Health Strategy Teams who had contact with the Speech, Language and Hearing Sciences in the Educational Program by Work for Health of Federal University of Rio Grande do Sul and the Control Group, composed of three Family Health Strategy Teams of the same district, with nine subjects, which had no activity with the Speech, Language and Hearing Sciences in the Educational Program by Work for Health. Results: The Experimental Group pointed more spontaneous quotes about practicing Speech, Language and Hearing Sciences, demonstrating greater knowledge of how these professionals work within and outside the clinical and in the Primary Health Care. Conclusion: There was a difference between the opinion of groups, and the qualitative reports show that the contact and participation in activities of the Educational Program by Work for Health with Speech, Language and Hearing Sciences was the variable which has enriched and expanded the vision of Family Health Strategy Teams professionals.