Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorVeiga-Neto, Alfredo José dapt_BR
dc.contributor.authorNoguera-Ramírez, Carlos Ernestopt_BR
dc.date.accessioned2010-01-09T04:14:43Zpt_BR
dc.date.issued2009pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/18256pt_BR
dc.description.abstractA ideia mais geral desta tese é que a Modernidade, entendida como aquele conjunto de transformações culturais, econômicas, sociais e políticas que tiveram início nos séculos XVI e XVII na Europa, tem uma profunda marca educativa. Não que tenha tido uma causa educativa ou que a educação tenha sido sua causa: a expansão das disciplinas (no seu duplo sentido de saber e de poder) e do governamento - da governamentalidade, segundo analisou Foucault - entre os séculos XVII e XX, foram asuntos profundamente pedagógicos e educacionais. Não apenas tiveram implicações pedagógicas ou educacionais; além disso, eles constituíram problematicas pedagógicas e educacionais com importantes implicações políticas, econômicas e sociais. Nesse sentido, ler a Modernidade na perspectiva da educação é ler o processo de constituição de uma "sociedade educativa" na qual é possìvel distinguir, pelo menos, três momentos ou modos de pensar e praticar a educação: o primeiro, localizado entre os séculos XVII e XVIII poder-se-ia denominar de "sociedade do ensino" pela centralidade que as práticas de ensino tiveram no processo de constituição da "razão de Estado" e na constituição de uma forma de ser sujeito; o segundo momento, iniciado no fim do século XVIII, chamei de "Estado educador" ou de "sociedade educadora", devido ao aparecimento do novo conceito de "educação" e ao papel que o Estado cumpriu na sua expansão nas distintas camadas sociais. Por último, e a partir de finais do século XIX, se estabeleceriam as bases conceituais do que se chamaria, várias décadas depois, de "sociedade da aprendizagem" pela sua ênfase na atividade do sujeito que não só aprende, mas aprende a aprender. Na procura pelas condições de constituição dessa sociedade educativa, o trabalho de pesquisa, remontou-se à época da Paidéia grega para identificar a emergência de dois modos ou vias da arte de educar que se mantiveram até os primórdios da Modernidade: o modo filosófico ou socrático e o modo sofístico ou da arte do ensino. A partir dessas duas vias a pesquisa se debruçou sobre o vocabulário pedagógico salientando os conceitos de doctrina e disciplina na Paidéia cristã, institutio e eruditio nos inicios da Modernidade (séculos XVI e XVII), educação, Bildung (formação) e instrução nos séculos XVIII e XIX e, finalmente, o nosso mais recente conceito: "aprendizagem", que emergira no fim do século XIX e se consolidara no decorrer do século XX. Segundo a análise desse vocabulário e dessas duas vias ou modos da arte pedagógica, a pesquisa estabeleceu também dois momentos particularmente significativos no saber pedagógico moderno: a constituição da Didática no século XVII ao redor do conceito de eruditio e, posteriormente, no fim do século XVIII e primórdios do século XIX, a constituição de três tradições pedagógicas (francófona, germânica e anglo-saxônica) ou pedagogias modernas sobre a base dos novos conceitos de educação, Bildung, instrução e, posteriormente, aprendizagem.pt_BR
dc.description.abstractLa idea más general de esta tesis es que la Modernidad, entendida como el conjunto de transformaciones culturales, económicas, políticas y sociales que tuvieron inicio en los siglos XVI y XVII en Europa, tiene una profunda marca educativa. No que haya tenido una causa educativa o que la educación haya sido su causa: la expansión de las disciplinas (en el doble sentido de saber y de poder) y el gobernamento - la gobernabilidad según análisis de Foucault - entre los siglos XVII y XX, fueron asuntos profundamente pedagógicos y educativos. No sólo tuvieron implicaciones pedagógicas y educativas, además, constituyeron problematicas pedagógicas y educativas que tuvieron consecuencias políticas, económicas y sociales. En este sentido, leer la Modernidad desde la perspectiva de la educación es ver el proceso de constitución de una "sociedad educativa" en la cual es posible distinguir al menos tres momentos o formas de pensar y practicar la educación: el primero, situado entre el siglo XVII XVIII se podría denominar "sociedad de enseñanza" por la centralidade que las prácticas de enseñanza tuvieron en el proceso de creación de la "razón de Estado" y en la creación de una forma de ser sujeto; el segundo momento iniciado a finales del siglo XVIII, denominado momento del "Estado educador" o de la "sociedad educadora", debido a la aparición del nuevo concepto de "educación" y el papel que el Estado cumplió en su expansión por las diferentes clases sociales. Por último, y desde finales del siglo XIX, se sentaron las bases conceptuales de lo que se llamaría después de varias décadas "sociedad del aprendizaje" por su énfasis en la actividad del sujeto no sólo aprende, sino que aprende a aprender. En la búsqueda de las condiciones de constitución de esa sociedad educativa, el trabajo de investigación, se remontó hasta la época de la Paideia griega para identificar la emergencia de dos modos o vías del arte de educar que se mantuvieron hasta los inicios de la Modernidad: el modo filosófico o socrático y el modo sofístico o del arte de la enseñanza. A partir de esas dos vías la investigación se dedicó al análisis del vocabulario pedagógico destacando los conceptos de doctrina y disciplina en la paideia cristiana, institutio y eruditio en los comienzos de la Modernidad (siglos XVI y XVII), educación, Bildung (formación) e instrucción en los siglos XVIII y XIX y, finalmente, nuestro más reciente concepto del vocabulario pedagógico: "aprendizaje", que emergiera a finales del siglo XIX y se consolidara durante el siglo XX. Según el análisis de ese vocabulario pedagógico y de esas dos vías o modos del arte pedagógico, la investigación estableció tambíen dos momentos particularmente significativos en el saber pedagógico moderno: la constitución de la Didáctica en el siglo XVII alrededor del concepto de eruditio y, posteriormente, a finales del siglo XVIII e inicios del XIX, la constitución de tres tradiciones pedagógicas (francófona, anglosajona y germánica) o pedagogías modernas sobre la base de los nuevos conceptos de educación, Bildung, instrucción y, posteriormente, aprendizaje.es
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectHistoria de la educaciónes
dc.subjectHistória da educaçãopt_BR
dc.subjectPedagogiapt_BR
dc.subjectPedagogíaes
dc.subjectSociedadept_BR
dc.subjectSociedades
dc.subjectModernidadept_BR
dc.subjectModernidades
dc.subjectGovernamentalidadept_BR
dc.subjectGubernamentalidades
dc.subjectFoucault, Michel, 1926-1984pt_BR
dc.titleO governamento pedagógico : da sociedade do ensino para a sociedade da aprendizagempt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000727608pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Educaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Educaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2009pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples