Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorTutikian, Jane Fragapt_BR
dc.contributor.authorSouza, Alisson Pretopt_BR
dc.date.accessioned2019-10-12T03:53:11Zpt_BR
dc.date.issued2019pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/200582pt_BR
dc.description.abstractA obra de Antônio Torres Meu Querido Canibal (2000) reescreve o indígena na literatura brasileira através de rastros históricos e literários. Primeiramente, explorou-se a forma como o autor usa o discurso dos viajantes colonizadores na construção de sua narrativa. A recordação é um instrumento utilizado pela obra, seguindo rastros históricos que questionam as lacunas deixadas na relação entre o passado e o presente. Recordar, no entanto, não é um ato nostálgico, mas sim um ato crítico em relação à representação da identidade. Demonstrou-se também de que forma as pedagogias e as performances (componentes apropriados da teoria pós-colonial) relacionam-se na construção da narrativa e, sobretudo, na relação ideológica entre identidade indígena e representação indígena. O esquecimento é, talvez, a questão central que permeia o projeto literário torreano, mote para a importância da observação dos aspectos da cultura. Através da análise interdisciplinar dos artefatos culturais (como monumentos, construções civis e nomes de placas) e do próprio propósito desSes mesmos objetos, tanto no mundo real como na obra literária de Antônio Torres, discutiu-se, pela via dos Estudos Culturais, como é retratada a identidade indígena na modernidade. As expressões da cultura contam uma história fatal e alienadora, cuja função é repetir os símbolos e as tradições ocidentais, elevando as narrativas estrangeiras e abafando as narrativas locais. Contudo, com as literaturas de representação indígena, percebe-se o caráter transformador, metamórfico e dialético: na contraposição entre o “eu” e o “outro”, sem perder de vista sua própria alteridade, o nativo sobreviveu aos invasores e superou as dificuldades de seu povo. O indígena atravessou as doenças trazidas por estrangeiros, os processos de extermínio de sua cultura e o sistema de exclusão social no qual negociou sua sobrevivência até então. O indígena é, talvez, a metamorfose simbólica do que há de mais verossímil do herói épico, como assim quer o próprio Antônio Torres, na atualidade.pt_BR
dc.description.abstractThe literary work Meu Querido Canibal (2000) by Antônio Torres rewrites the indigenous representation in brazilian literature through historical and literary traces. First, it was researched how the author uses the colonial traveller’s discourse in the construction of his narrative. Memory is an instrument used on his creative writing, following historical traces questioning the gaps left in the relation between the past and the present. Remembering, however, is not a nostalgic act, but a critical insight in relation to the identity representation. On the other hand, it was understood how pedagogies and performances, components appropriated from post-colonial theory, are related in the construction of the narrative and, above all, in the ideological relation between indigenous identity and indigenous representation. Forgetfulness is perhaps the central question that permeates the literary project by Antônio Torres, motif for the observation of the aspects of the culture. Through the relation between the interdisciplinary culture circuit representation provided by Cultural Studies and the very purpose of these same objects both in Torre’s literature and at the real world (such as monuments, civil constructions and names in the address plate signs,) it was discussed how the indigenous identity is portrayed in the modernity. The objects of culture tell a fatal and alienating history whose function is to repeat Western symbols and tradition, elevating foreign narratives whereas stifling local narratives. However, with indigenous literatures, the transformative, metamorphic and dialectical character is perceived: in the contrast between the "self" and the "Other", without losing sight of its own Otherness, the native survived the invaders and overcame the difficulties of its people. In spite of the struggles, the natives defied the deseases, the genocides and the exclusion systems in which he still negociates his survival. The indigenous is perhaps the symbolic metamorphosis of the most plausible and closest figure to the epic hero, as the author himself Antônio Torres claims him to be.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectTorres, Antônio, 1940-pt_BR
dc.subjectIndigenousen
dc.subjectLiteratura contemporâneapt_BR
dc.subjectMemoryen
dc.subjectRepresentationen
dc.subjectIndígenaspt_BR
dc.subjectLiteraturapt_BR
dc.subjectCultureen
dc.subjectRepresentaçãopt_BR
dc.subjectMemóriapt_BR
dc.subjectCulturapt_BR
dc.titleRepresentação, memória e cultura : a composição do universo indígena em meu querido canibal, de Antônio Torrespt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001103889pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2019pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples