Avaliação da autolimpeza de argamassa branca com TIO2 e com hidrofugante

Abstract

Os revestimentos das fachadas são expostos a diferentes agentes de degradação durante toda a sua vida útil, sendo a poluição ambiental e a umidade grandes responsáveis pela perda de desempenho das edificações. Estes são fatores que podem resultar em sujidades, manchas e demais manifestações patológicas que reduzem a durabilidade dos revestimentos, prejudicam a estética das edificações e, inclusive, reduzem a refletância solar, resultando em gastos elevados com limpeza e manutenção. Soluções possíveis para o aumento da durabilidade são: a utilização de aditivos hidrofugantes, que tornam o material impermeável à água líquida e permeável ao vapor de água, reduzindo problemas devido à ação da umidade; e a adição de dióxido de titânio (TiO2) aos materiais cimentícios de forma a obter uma superfície autolimpante e com capacidade de degradar poluentes. Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência da autolimpeza de uma argamassa industrializada de cor branca de acabamento externo com adição de dióxido de titânio e de um aditivo hidrofugante. Assim, foram confeccionadas argamassas brancas com adição de 0% e 10% de TiO2 e com adição de 0%, 2% e 8% de aditivo, ambos em relação à massa de cimento. Avaliou-se a influência do hidrofugante quanto à absorção de água por capilaridade e à permeabilidade ao vapor de água, bem como avaliou-se a capacidade autolimpante proporcionada pela adição do TiO2. Para isto, as amostras receberam dois tipos de manchamentos (fuligem e o corante Rodamina B) e foram expostas ao ambiente urbano natural de Porto Alegre/RS, voltadas para a orientação norte e a uma inclinação de 45º, havendo o acompanhamento da alteração de cor por meio de registros fotográficos e por análise com espectrofotômetro. Observou-se um comportamento não significativo na maioria das análises, tanto para a influência do aditivo hidrofugante no comportamento das argamassas quanto para a influência do TiO2. Com relação à autolimpeza das argamassas, não foi possível verificar alterações durante o período de exposição de 28 dias.

Facade coatings are exposed to different degradation agents throughout their life cycle, with environmental pollution and moisture being mostly responsible for the loss of performance in buildings. These are factors that can result in dirt, stains and other pathological manifestations that reduce the durability of the coatings, damage the aesthetics of buildings and even reduce solar reflectance, resulting in high costs for cleaning and maintenance. Possible solutions to increase durability are: the use of water repellent additives, which make the material impermeable to liquid water and permeable to water vapor, reducing problems due to the action of moisture, and for the addition of titanium dioxide (TiO2) to cementitious materials to obtain a self-cleaning surface capable of degrading pollutants. Therefore, this study aims to evaluate the self-cleaning efficiency of an external white mortar with addition of titanium dioxide and a water repellent additive. Thus, white mortars were made with the addition of 0% and 10% of TiO2 and with the addition of 0%, 2% and 8% of additive, both in relation to the cement mass. The influence of the water repellent on capillary water absorption and water vapor permeability was evaluated, as well as the self-cleaning capacity provided by the addition of titanium dioxide. For this, the samples received two soiling types (soot from diesel engines and the dye Rhodamine B) and were exposed to the natural urban environment of Porto Alegre/RS, facing north and at a 45º inclination, with the monitoring of color change through photographic registration and by analysis with a spectrophotometer. A non-significant behavior was observed, both for the influence of the water repellent additive and for the influence of TiO2 on the mortars. Regarding the self-cleaning of the mortars, it was not possible to verify changes during the 28-day exposure period.