Tecnologias leves em saúde no cuidado aos usuários de substâncias psicoativas utilizadas por enfermeiros na atenção primária à saúde

Abstract

Objetivo: analisar a utilização das tecnologias leves em saúde no cuidado aos usuários de substâncias psicoativas (SPAs) realizada por enfermeiros na atenção primária à saúde (APS). Metodologia: trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório, a qual busca analisar a maneira como os enfermeiros da APS realizam o uso de tecnologias leves de saúde no cuidado aos usuários de SPAs. Os dados foram obtidos por entrevistas semiestruturadas com 12 enfermeiros da APS e analisadas usando o referencial metodológico de análise temática de conteúdo. Resultados: Os conceitos foram previamente escolhidos utilizando como referencial teórico as tecnologias leves de Emerson Merhy. As categorias de análise foram: acolhimento, vínculo, corresponsabilização e autonomia, na forma de facilitadores e dificultadores da aplicação das tecnologias leves de saúde aos usuários de SPAs na APS. Conclusão: A problematização desses elementos favorecedores e dificultadores podem contribuir para uma reflexão crítica sobre a incorporação de uma postura ética-política, técnico-científica e social dos enfermeiros na relação com as pessoas com sofrimentos decorrentes do uso de SPAs.

Objective: To analyze the use of light health technologies in the care of users of psychoactive substances carried out by nurses in primary health care. Methodology: this is a study with a qualitative, exploratory approach, which seeks to analyze the way in which PHC nurses use light health technologies in the care of PAS users. Data were obtained through semi-structured interviews with 12 PHC nurses and analyzed using the methodological framework of thematic content analysis. Results: The most emerging concepts presented by nurses were welcoming, bonding, co-responsibility and autonomy, in the form of facilitators and obstacles to the application of light health technologies to users of PAS in PHC. Conclusion: The problematization of these favoring and hindering elements can contribute to a critical reflection on the incorporation of an ethical-political, technical-scientific and social stance of nurses in the relationship with people suffering from the use of PAS.