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dc.contributor.advisorRodeghero, Carla Simonept_BR
dc.contributor.authorAssumpção, Marla Barbosapt_BR
dc.date.accessioned2024-02-17T04:56:12Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/272056pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa tem por objetivo geral analisar como a repressão política esteve imbricada com instituições psiquiátricas, saberes e práticas psi no contexto da ditadura brasileira entre 1964 e 1979. Ela parte, entre outros aspectos, de recomendações de comissões da verdade acerca da necessidade de aprofundar estudos sobre instituições e profissionais de saúde mental na violação de direitos humanos no período em questão. O fenômeno da medicalização exacerbou a compreensão de que comportamentos e posturas políticas eram passíveis de serem lidos à luz de parâmetros sanitários, confluindo para a patologização de opositores. Durante a ditadura, o campo psi produziu ferramentas normalizadoras dos sujeitos àquele ambiente social opressor, a partir de discursos sobre desajustamentos, explicando e indicando mecanismos de controle de personalidades consideradas desviantes e subversivas. As motivações do engajamento político eram vinculadas a “desequilíbrios mentais”, “desajustes sociais” e “transtornos emocionais”. Conectavam-se, assim, desordens no plano político e mental, responsabilizadas pela subversão das normas. Muitos psiquiatras, psicólogos e psicanalistas, direta ou indiretamente, colaboraram com a repressão. Essa atuação se fez presente, por exemplo, em sessões de tortura, em levantamentos sobre o perfil dos ditos subversivos, além da articulação com órgãos como a Escola Superior de Guerra e o Serviço Nacional de Informações. Analisamos também laudos psiquiátricos emitidos para réus processados por crimes contra a segurança nacional no âmbito da justiça militar, assim como casos de internação de presos políticos em estabelecimentos psiquiátricos. O período estudado foi marcado pelo advento da “indústria da loucura”, em função do grande crescimento no número de instituições psiquiátricas no país, o qual foi acompanhado pela cronificação dos pacientes. Milhares de pessoas morreram sob custódia desses estabelecimentos, para os quais eram encaminhados aqueles considerados fora de determinados padrões sociais, cumprindo uma função de silenciar, descartar e desacreditar sujeitos considerados incômodos, entre os quais os opositores políticos.pt_BR
dc.description.abstractEsta investigación tiene como objetivo general analizar cómo la represión política estuvo imbricada con instituciones psiquiátricas, conocimientos y prácticas psi en el contexto de la dictadura brasileña entre 1964 y 1979. Parte, entre otros aspectos, de recomendaciones de Comisiones de la Verdad sobre la necesidad de profundizar los estudios sobre instituciones y profesionales de salud mental involucrados en la violación de derechos humanos en ese período. El fenómeno de la medicalización exacerbó la comprensión de que comportamientos y posturas políticas podían ser interpretados a la luz de parámetros sanitarios, convergiendo hacia la patologización de opositores. Durante la dictadura, el campo psi produjo herramientas normalizadoras de los sujetos en aquél ambiente social opresor, a través de discursos sobre desajustes, explicando e indicando mecanismos de control de personalidades consideradas desviadas y subversivas. Las motivaciones del activismo político estaban vinculadas a "desequilibrios mentales", "desajustes sociales" y "trastornos emocionales". Así, se conectaron desórdenes en el plano político y mental, consideradas responsables por la subversión de las normas. Muchos psiquiatras, psicólogos y psicoanalistas, directa o indirectamente, colaboraron con la represión. Esta participación estuvo presente, por ejemplo, en sesiones de tortura, en investigaciones sobre el perfil de los llamados subversivos, además de la coordinación con organismos como la Escuela Superior de Guerra y el Servicio Nacional de Informaciones. También analizamos informes psiquiátricos emitidos para acusados procesados por delitos contra la seguridad nacional en el ámbito de la justicia militar, así como casos de internamiento de presos políticos en establecimientos psiquiátricos. El período estudiado estuvo marcado por el advenimiento de la "industria de la locura", debido al gran crecimiento en el número de instituciones psiquiátricas en el país, acompañado por la cronificación de los pacientes. Miles de personas murieron bajo la custodia de estos establecimientos, a los que eran enviados aquellos considerados fuera de ciertos estándares sociales, cumpliendo la función de silenciar, desechar y desacreditar a individuos considerados incómodos, incluidos los opositores políticos.es
dc.description.abstractThis research aims to analyze how political repression was intertwined with psychiatric institutions, psy knowledge and practices in the context of the Brazilian dictatorship between 1964 and 1979. It is based, among other aspects, on recommendations from Truth Commissions regarding the need for further studies on mental health institutions and professionals involved in the violation of human rights in that period. The phenomenon of medicalization exacerbated the understanding that political behaviors and stances could be interpreted in the light of sanitary parameters, leading to the pathologization of opponents. During the dictatorship, the psy field produced tools that normalized individuals in that oppressive social environment, through discourses on maladjustments, explaining and indicating mechanisms for controlling personalities considered deviant and subversive. The motivations for political engagement were linked to “mental derangements”, “social maladjustments” and “emotional instabilities”. Thus, disorders were connected at both the political and mental levels, considered responsible for the subversion of norms. Many psychiatrists, psychologists and psychoanalysts, directly or indirectly, collaborated with the repression. This involvement was evident, for example, in torture sessions, in surveys on the profile of so-called subversives, in addition to coordination with organizations such as the Escola Superior de Guerra (National War College) and the Serviço Nacional de Informações (National Information Service). We also analyzed psychiatric reports issued to defendants prosecuted for crimes against national security within the scope of the military justice system, as well as cases of political prisoners' internment in psychiatric institutions. The studied period was marked by the advent of the “madness industry”, due to the significant growth in the number of psychiatric institutions in the country, which was accompanied by the chronicization of patients. Thousands of people died in the custody of these establishments, where those considered outside of certain social standards were sent, serving the purpose of silencing, discarding and discrediting subjects considered troublesome, including political opponents.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectDitadura militarpt_BR
dc.subjectDictaduraes
dc.subjectRepressãopt_BR
dc.subjectRepresiónes
dc.subjectPsicólogospt_BR
dc.subjectProfesionales psies
dc.subjectPsicanalistaspt_BR
dc.subjectHospital psiquiátricoes
dc.subjectDictatorshipen
dc.subjectPsiquiatriapt_BR
dc.subjectHospital psiquiátricopt_BR
dc.subjectRepressionen
dc.subjectPsy professionalsen
dc.subjectPsychiatric hospitalen
dc.title“Nos porões da loucura” : relações entre repressão política, instituições, práticas e saberes psi na ditadura brasileira (1964-1979)pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001196224pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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