Análise da viabilidade econômica da cultura do Guanandi : um estudo de caso no Municipio de Prudentópolis (PR)

Abstract

O objetivo geral deste trabalho é realizar um estudo sobre o plantio comercial do Guanandi, em pequenas propriedades, visando agregar renda ao agricultor familiar, em conjunto com as atividades já desenvolvidas, na região de Prudentópolis (PR). Madeira nobre, de alto valor comercial, o Guanandi é muito utilizado na indústria naval pela sua impermeabilidade e na fabricação de móveis finos, e sendo muito pouco explorado pelos silvicultores prudentopolitanos. Outras culturas, como o eucalipto e pinus, possuem uma perspectiva futura não favorável, devido aos diversos plantios comerciais existentes, que conforme a ABRAF – Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, respondem por mais de 90% (noventa por cento) das florestas plantadas atualmente, o que gera uma oferta excessiva no mercado estagnando o preço do produto. Já o Guanandi representa uma boa opção, visto que, as leis ambientais tendem a tornar-se mais rigorosas, valorizando os plantios comerciais, que ainda são escassos, podendo vir a tornarem-se indispensáveis para o comércio madeireiro. O guanandi, sendo uma planta nativa do Brasil, traz diversas vantagens, e devido a sua versatilidade, se enquadrando bem em diversos climas e solos, apresenta-se como alternativa de renda aos pequenos produtores, para o município de Prudentópolis (PR). O método utilizado para este trabalho foi o estudo de caso, pois demonstra de forma intensa um estudo específico. O estudo realizado foi à análise de investimentos, sendo adotado como critérios de análise o fluxo de caixa, VPL, TIR, IL, payback, análise custo-benefício e análise de sensibilidade. Através deste estudo ficou evidente o grande potencial da cultura do Guanandi, se for utilizado pelo pequeno agricultor como uma fonte alternativa de renda. Isso se deve ao fato diversas possibilidades de exploração da lavoura, em consórcio com outras atividades já desenvolvidas pelo pequeno produtor, e as expectativas futuras do mercado madeireiro. Os resultados expressivos demonstram viabilidade, mas é preciso atentar ao fato de se tratar de um projeto em longo prazo, com receitas cobrindo os investimentos somente após o décimo terceiro ano do custeio inicial.