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dc.contributor.advisorTutikian, Jane Fragapt_BR
dc.contributor.authorDuarte, Carina Marquespt_BR
dc.date.accessioned2015-06-17T02:01:56Zpt_BR
dc.date.issued2015pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/117936pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho analisa a produção de Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa – em relação a duas linhas de força: a poesia de Walt Whitman e a filosofia de Friedrich Nietzsche. Busca comprovar que os poemas da segunda fase, a eufórica, em virtude do prolífico diálogo com o bardo norte-americano e o filósofo, estão investidos de uma vontade de potência, a qual se manifesta, especialmente, no ímpeto sensacionista de experimentar tudo e na analogia entre o poeta e Deus. Herdeiro do Decadentismo, Campos não consegue manter o discurso vitalista e dinamista e, frequentemente, um tom depressivo invade os textos. Nessas ocasiões, o eu lírico, em vez de estar marcado pela vontade de potência, assume uma feição decadente, que predominará na fase posterior. Pretendemos demonstrar que, apesar do cansaço, do tédio, da letargia e da lucidez, há, no Campos disfórico, uma vontade de potência. A fim de examinarmos os poemas do poeta eufórico, nos apoiaremos no conceito de intertextualidade, recorrendo aos estudos de Kristeva, Bakhtin, Laurent Jenny, Gerárd Genette, Leyla Perrone-Moisés e Tiphaine Samoyault. Com vistas à percepção do modo como o heterônimo ressignifica o legado de Whitman e Nietzsche, seguiremos, na análise, a metodologia comparatista de busca das analogias e das diferenças. Serão de grande valia as formulações de George Steiner, Eduardo Lourenço e Octavio Paz, entre outros. Na mesma proporção, serão importantes, para a compreensão do Campos disfórico, as colocações de Nietzsche acerca do niilismo e os argumentos de Steiner a respeito da tristeza inerente ao pensamento. Urdida com os influxos de Nietzsche e Whitman, a vontade de potência leva Campos, tal como os antecessores, a considerar-se divino. Entretanto, por ser demasiado consciente, Campos não pode persistir na embriaguez do Sensacionismo. Resta-lhe, então, manifestar a vontade de potência através da ideia de permanência da obra.pt_BR
dc.description.abstractThis paper analyzes the production of Álvaro de Campos - heteronym of Fernando Pessoa - in relation to two strong lines: the poetry of Walt Whitman and the philosophy of Friedrich Nietzsche. It seeks to prove that the poems of the second phase, the euphoric, are invested with a power to will which is manifested especially in the sensationist impetus to try everything and in the analogy between the American bard and the philosopher. Heir to the Decadentism, Campos cannot keep the vitalist and dynamistic discourse and often a depressing tone pervades his texts. On these occasions, the lyrical, rather than being marked by the will to power, assumes a decadent feature, which will predominate in the later stage. We intend to show that, despite the fatigue, boredom, lethargy and lucidity, there is in the dysphoric Campos a power to will. In order to examine the poems of the euphoric poet we will seek support in the concept of intertextuality, using the studies of Kristeva, Bakhtin, Laurent Jenny, Gérard Genette, Leyla Perrone-Moisés and Tiphaine Samoyault. With the objective of perceiving how the heteronym gives new meaning to legacy of Whitman and Nietzsche, we will follow in the analysis, the comparative methodology of search of analogies and differences. Of great value will be the approaches of George Steiner, Eduardo Lourenço and Octavio Paz, among others. In the same proportion, will be important for the understanding of the dysphoric Campos, the collocations of Nietzsche on nihilism and Steiner's arguments about the inherent sadness in thought. Warped with inflows of Nietzsche and Whitman, the will to power leads Campos, like his predecessors, to consider himself divine. However, because he is too conscious Campos cannot persist in the intoxication of Sensationism. Then, he left with expressing the will to power through the idea of the permanence of the work.en
dc.description.abstractEste trabajo analiza la producción de Álvaro de Campos – heterónimo de Fernando Pessoa – en relación a dos líneas de fuerza: la poesía de Walt Whitman y la filosofía de Friedrich Nietzsche. Busca comprobar que los poemas de la segunda fase, la eufórica, a causa del prolífico diálogo con el bardo norte-americano y el filósofo, están investidos de una voluntad de potencia, la cual se manifiesta, especialmente, en el ímpetu sensacionista de probarlo todo y en la analogía entre el poeta y Dios. Heredero del Decadentismo, Campos no consigue mantener el discurso vitalista y dinamista y, frecuentemente, un tono depresivo invade los textos. En esas ocasiones, el yo lírico, en lugar de presentar voluntad de potencia, manifiesta rasgos decadentes, que dominarán en la fase siguiente. Pretendemos mostrar que, no obstante el cansancio, el hastío, el abatimiento y la lucidez, hay, en el Campos depresivo, una voluntad de potencia. A fin de examinar los poemas del poeta eufórico, nos basaremos en el concepto de intertextualidad, recurriendo a los estudios de Kristeva, Bakhtin, Laurent Jenny, Gerárd Genette, Leyla Perrone-Moisés y Tiphaine Samoyault. Con el objetivo de percibir el modo como el poeta resignifica la herencia de Whitman y Nietzsche, adoptaremos, en el análisis, la metodología comparatista de la búsqueda de las analogías y de las diferencias. Serán muy valiosos los aportes de George Steiner, Eduardo Lourenço y Octavio Paz, entre otros. Del mismo modo, serán importantes, en el abordaje del Campos depresivo, las aserciones de Nietzsche con respecto al nihilismo y los argumentos de Steiner en relación a la tristeza inherente al pensamiento. Entretejida con los influjos de Whitman y Nietzsche, la voluntad de potencia conduce Campos, a ejemplo de los antecesores, a considerarse divino. Sin embargo, demasiado consciente, Campos no puede seguir en la ebriedad del Sensacionismo. Quédale, pues, manifestar la voluntad de potencia a través de la idea de permanencia de la obra.es
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectDecadenceen
dc.subjectCampos, Álvaro dept_BR
dc.subjectWhitman, Walt, 1819-1892pt_BR
dc.subjectWill to poweren
dc.subjectIntertextualityen
dc.subjectNietzsche, Friedrich Wilhelm, 1844-1900pt_BR
dc.subjectFilosofia e Literaturapt_BR
dc.subjectDecadentismoes
dc.subjectDecadentismo (Movimento literário)pt_BR
dc.subjectVoluntad de potenciaes
dc.subjectVontade de poderpt_BR
dc.subjectIntertextualidades
dc.subjectIntertextualidadept_BR
dc.titleQuando parte o último comboio? : Álvaro de Campos, um seguidor decadente de Walt Whitman e Nietzschept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000968243pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2015pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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