The pedagogical aspect of beauty in the picture of dorian gray

Abstract

O presente estudo traz à luz determinadas reflexões sobre Beleza em relação à Educação. Para tanto, o romance O Retrato de Dorian Gray (1890), de Oscar Wilde, escritor Irlandês do período Vitoriano, foi escolhido como corpus de análise. Os argumentos são desenvolvidos com base na convicção de que um aspecto pedagógico da Beleza é sugerido no livro em questão, e que isso se presta a relevantes análises. Tal aspecto é assim explorado tanto na forma quanto no conteúdo do livro. A beleza particular de pessoas e objetos pode ser julgada de diversas formas, mas nunca passa despercebida. Pelo contrário, ela atrai nossa atenção por razões que pertencem à ordem das ideias, dos sentidos e da imaginação. Portanto, visto que percebemos frequentemente a Beleza na natureza ou na arte, isso pode ter profundas influências na Educação. Sob a influência de Lord Henry, Dorian Gray busca uma educação voltada para coisas belas, mas acaba falhando. Uma peça literária visa a retratar o que geralmente acontece na vida humana através de uma série de eventos e descrições que exageram as situações possíveis da vida real, independentemente dos elementos fantásticos, e que por fim acabam refinando nossa sensibilidade. Teorias esboçadas por Platão em muitos de seus escritos, juntamente às teorias de Alexander Baumgarten, Northrop Frye, Carlos Velázquez, Roger Scruton e Bertrand Russel, entre outros, incluindo o próprio Wilde, servem ao propósito desta pesquisa. Este trabalho reúne ideias relacionadas à Beleza, à Estética e à Imaginação e advoga pela necessidade de uma educação sensível que capture o papel da Beleza em nossas vidas. Finalmente, como contribuição, esta monografia é uma tentativa de trazer ao debate a importância de encontrar a beleza da experiência literária, nunca esquecendo que somos, ao mesmo tempo e continuamente, educadores e aprendizes.

The study at hand brings forward reflections upon Beauty in respects to Education. For this purpose, the novel The Picture of Dorian Gray (1890), by Oscar Wilde, Irish writer of the Victorian period, was selected as corpus. The arguments are built upon the conviction that a pedagogical aspect of Beauty is suggested in the book in question, and it might render many relevant analyses. Such aspect is thus explored in both form and content in the book. The particular beauty of people and things can be judged on many ways, but it never goes unnoticed. Instead, it catches our attention for reasons that belong to the world of the ideas, senses, and imagination. Therefore, inasmuch as one often perceives Beauty in Nature or Art, it may occasion profound influences in education. Under the influence of Lord Henry, Dorian Gray seeks an education towards beautiful things, but fails to do so. A literary piece aims at portraying what usually happens in human life through a series of events and descriptions which exaggerate the possible frames of real life, regardless of fantastic elements, and ultimately refine our sensibilities. Theories outlined by Plato in many of his writings, alongside Alexander Baumgarten‟s, Northop Frye‟s, Carlos Velázquez‟s, Roger Scruton‟s and Bertrand Russell‟s, amongst other authors including Oscar Wilde himself, serve the intention of this paper. The work gathers ideas regarding Beauty, Aesthetics and Imagination and advocates for the need of a sensible education that captures the actual role of Beauty in our lives. Eventually, as contribution, it is an attempt to cast light upon the importance of finding the beauty of the literary experience, never forgetting that we all are, at the same time, constant educators and constant learners.