Avaliação da ecoeficiência de refeição fornecida por unidade de internação pediátrica de um hospital público do sul do Brasil : um estudo de caso

Abstract

Esse estudo teve como objetivo avaliar a ecoefici-ência (EE) das matérias-primas utilizadas na refei-ção de café da manhã em uma unidade de interna-ção pediátrica de um hospital público universitário no sul do Brasil e verificar o consumo alimentar dos pacientes. Trata-se de um estudo de caso ob-servacional e com utilização de dados secundários. Os dados foram coletados em oito dias úteis entre outubro e novembro de 2021. Avaliou-se os itens constituintes desse tipo de refeição, incluindo os tipos de bebidas em geral e alimentos sólidos. Tam-bém, foram identificadas as características quanto a gênero e faixas etárias do público que recebeu essa refeição. Foram desenvolvidos cinco tipos de cálculo para avaliar a EE, utilizando as variáveis: valor financeiro e calórico para “valor de produto”; e quantidade utilizada e pegada hídrica (PH) dos alimentos para “influência ambiental”. No período avaliado foram identificados 95 pacientes com ida-des entre seis meses a 17 anos incompletos, sendo 55,7% do sexo masculino. Foram entregues 187 ca-fés da manhã, sendo que 50,8% não foi consumido. No total foram ofertados 20,42 kg de produtos de origem animal e 14,35 kg de produtos de origem ve-getal. Os produtos de origem animal representam 91,6% do total da PH e apresentaram os piores re-sultados nos cálculos de EE. Em contrapartida, os grupos de alimentos de pães/bolos e complemen-tos obtiveram os melhores resultados nas avalia-ções de EE. O uso de cálculos de EE pode ser usado como um indicador ambiental associado aos fatores envolvidos no consumo e desperdícios de refeições.

This study aimed to evaluate the eco-efficiency (EE) of the raw materials used in the breakfast meal in a pediatric inpatient unit of a public university hospital (PUH) in southern Brazil and to verify the food consumption of patients. This is an observational case study using secondary data. Data were collec-ted on eight working days between October and November 2021. The constituent items of this type of meal was evaluated, including types of drinks in general and solid foods. The characteristics regar-ding gender and age groups of the public who received this meal were also identified. Five types of calculation were developed to assess EE using the variables: financial and caloric value for “product value”; and amount used and water footprint (WF) of food for “environmental influence”. In the period evaluated, 95 patients age between six months and 17 years were identified, 55.7% of whom were male 187 breakfast were delivered, of which 50.8% were not consumed. In total, 20.42 Kg of products of animal origin and 14.35 Kg of products of plant origin were offered. Animal products represent 91,6% of the total WF and presented the worst results in the EE calculations. On the other hand, the breads/cakes and complements food groups obtained the best results in the EE evaluations. The use of EE calculations can be used as an environmental indicator associated with the factors involved in the consumption and waste of meals.

Este estudio tuvo como objetivo evaluar la ecoeficiencia (EE) de las materias primas utilizadas en la comida del desayuno en una unidad de hospitalización pediátrica de un hospital universitario público en el sur de Brasil y verificar el consumo de alimentos de los pacientes. Este es un estudio de caso ob-servacional que utiliza datos secundarios. Los datos se recolectaron en ocho días hábiles entre octu-bre y noviembre de 2021. Se evaluaron los elementos constitutivos de este tipo de comida, incluidos los tipos de bebidas en general y los alimentos sólidos. También se identificaron las características encuanto a género y grupos de edad del público que recibió esta comida. Se desarrollaron cinco tipos de cálculo para evaluar la EE utilizando las variables: valor financiero y calórico para “valor del producto”; y cantidad utilizada y huella hídrica (HH) de los alimentos por “influencia ambiental”. En el perí-odo evaluado se identificaron 95 pacientes con edades entre seis meses y 17 años, siendo el 55,7% del sexo masculino. Se entregaron 187 desayunos, de los cuales el 50,8% no fueron consumidos. En total se ofrecieron 20,42 kg de productos de origen animal y 14,35 kg de productos de origen vegetal. Los productos animales representan el 91,6% del HH total y presentaron los peores resultados en los cálculos de EE. Por el contrario, los grupos de alimentos panes/tortas y complementos obtuvieron los mejores resultados en las evaluaciones de EE. El uso de cálculos de EE puede utilizarse como un indicador ambiental asociado a los factores que intervienen en el consumo y desperdicio de comidas.