Vai dar match? Experiências e interseccionalidades de mulheres negras em aplicativos digitais de relacionamentos

Abstract

Esta dissertação apresenta um estudo sobre narrativas de mulheres negras em ambientes e aplicativos virtuais de relacionamentos: Tinder e Happn; sob perspectivas interseccionais, em recortes de identidade racial, gênero e sexualidade. Com interesse de estudo sobre experiências de corpos de mulheres que não seguem a tendência europeia eurocêntrica de padronização de beleza, entrevistei mulheres negras quanto às suas trajetórias virtuais pessoais nestes ambientes tecnológicos. E ainda na trilha metodológica, lancei-me às matérias, recortes de conversas nos ambientes virtuais aqui estudados, minhas próprias experiências (lugar de fala) a respeito da questão e perfis como fonte de pesquisa para conquista de resultados que apontassem quais interseccionalidades estão envolvidas nestas perspectivas amorosas virtuais(?). Quais pedagogias são (ou podem ser) resultado destas trajetórias(?). Como e de que maneira corpos de mulheres negras estão e são compreendidos nestes espaços virtualizados(?). Como decorrência é possível apontar principais três categorias analíticas: 1) Presença marcante de corpos que refletem o desejo daqueles que procuram: corpos não marcados (brancos); não ou pouco racializados, ao menos para relacionamentos mais “sérios”. 2) Corpos negros femininos preteridos, resultantes do colorismo e 3) Corpos negros femininos hiperssexualizados e requeridos especificamente para fins sexuais (não duráveis).

Esta disertación presenta un estudio sobre las narrativas de mujeres negras en entornos y aplicaciones de relaciones virtuales: Tinder y Happn; bajo perspectivas interseccionales, en recortes de identidad racial, género y sexualidad. Con interés en estudiar las experiencias de los cuerpos de las mujeres que no siguen la tendencia europea eurocéntrica de estandarización de la belleza, entrevisté a mujeres negras sobre sus trayectorias virtuales personales en estos entornos tecnológicos. Y aún en la pista metodológica, me lancé a los artículos, recortes de conversaciones en los ambientes virtuales aquí estudiados, mis propias experiencias (lugar de discurso) frente al tema y perfiles como fuente de investigación para lograr resultados que señalen cuáles son las interseccionalidades. involucrados en estas perspectivas virtuales de amor (?). ¿Qué pedagogías son (o pueden ser) el resultado de estas trayectorias(?) Cómo y de qué manera se entienden y se entienden los cuerpos de las mujeres negras en estos espacios virtualizados(?). Como resultado, es posible señalar tres categorías analíticas principales: 1) Llamativa presencia de cuerpos que reflejan el deseo de quien busca: cuerpos sin marcar (blancos); no o poco racializados, al menos para relaciones más “serias”. 2) Cuerpos de mujeres negras descuidados, como resultado del colorismo y 3) Cuerpos de mujeres negras hipersexualizados específicamente requeridos para fines sexuales (no duraderos).