Das calçadas para as telas : a penetração do mercado do sexo nas mídias digitais

Abstract

Desde os anos 2010, o uso de mídias digitais para fins pornográficos/sexuais tem mostrado alto crescimento, tomando o lugar de revistas e linhas telefônicas de flertes. Por esse motivo, existe uma importância em estudar as diferentes formas que tal fenômeno - pornografia digital - vem se desdobrando. Inicialmente, com sites específicos e típicos de exposição sexual e, hoje em dia, foco do trabalho, através da venda de conteúdo adulto em plataformas digitais, webcamming erótico comercial, redes sociais transformando-se em vitrines para conteúdos exclusivos. O trabalho percorre os caminhos trilhados por adultos que vendem ensaios e/ou encontros de cunho sexual - seja por carência afetiva ou por identificação pessoal - alterando a indústria pornográfica e mercado do sexo, seus desafios, semelhanças e diferenças da prostituição de rua, suas relações com o virtual e o pessoal, riscos e benefícios a fim de desestigmatizar a escuta clínica psicológica.

Since the year(s) 2010, the use/usage of social medias for pornographic/sexual purposes has shown increased growth, taking over the spot/place of magazines and hot lines. For that reason, there's an increased importance in studying the different ways in which the digital porn phenomenon has been unfolding. Initially, it was presented within specific websites and typical of sexual exposition and, today, the main focus of the presented essay, digital porn exists through digital platforms that allow selling adult content, comercial erotic webcamming. The presented essay navigates through trajectories trodden by adults who sell pornographic content and/or sexual conotation meet ups - might it be for lacking affection or personal identification - switchin the porn industry and sex market, its challenges, similaraties and differences from street prostitution, its relations with the virtual and the real/personal, risk and benefits in order to destigmatize the psychological clinical hearing.