Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorMachado, Maria Paula Pratespt_BR
dc.contributor.authorDalle Molle, Aline Maria Altenhofenpt_BR
dc.date.accessioned2024-02-08T05:02:18Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/271619pt_BR
dc.description.abstractEsta dissertação aborda como mulheres gordas diagnosticadas "obesas" entendem seus corpos e experienciam a gestação, parto e outros eventos relacionados à saúde materna e reprodutiva nos serviços de saúde e fora deles, diante das correlações com tal diagnóstico, a partir da pergunta "como o entendimento biomédico de obesidade impacta mulheres gordas gestantes no SUS?". Questiona se a existência de um modelo universalizante de "obesidade", que patologiza corporalidades gordas e grávidas e pode definir quais pessoas estariam aptas a engravidar, contribuindo para injustiças reprodutivas e justificando discriminações e violências. A composição "gestante-gorda" indica dupla patologização, tanto pelo corpo que engravida, quanto pelo corpo gordo, podendo tais corporalidades serem compreendidas como doentes, anormais, em riscos, e ainda invisibilizadas, culpabilizadas ou punidas, o que pode causar tristeza, vergonha, medos e dúvidas. Atenta-se a violações de direitos pela falta de acessibilidade e abusos físicos e emocionais relacionados aos entendimentos biomédicos e estigmas/preconceitos imbuídos nos atendimentos de saúde materna, nessa intersecção da gordofobia estrutural e médica com casos de violência obstétrica, que denomino gordofobia obstétrica. Surge o corpo gordo/a gordura corporal como um importante marcador social para tratar de gestação, maternidades, saúde e acessibilidade, ao lado de outros como classe, raça e idade. Ressalta-se que pessoas em seus corpos gordos podem experienciar gestações e partos saudáveis, e trazer suas experiências à cena possibilita novas compreensões acerca das potencialidades das corporalidades gordas e visibiliza outras possibilidades de gestar, parir, maternar e bem-estar para além das "ideais". Para chegar a essas reflexões, realizei pesquisa qualitativa com abordagem etnográfica que compreende interlocuções por entrevistas abertas on line e presenciais com 3 usuárias do SUS que tiveram bebê há até 2 anos e já se denominavam gordas anteriormente à gravidez, além de observação não participante de grupos na rede social Facebook e fórum on-line de gestantes (que incluem serviços de saúde particulares), com notas em diário de campo.pt_BR
dc.description.abstractThis dissertation addresses how fat women diagnosed as "obese" understand their bodies and experience pregnancy, childbirth and other events related to maternal and reproductive health in healthcare services and beyond, given the correlations with this diagnosis, starting from the question "how does the biomedical understanding of obesity impact fat pregnant women in the brazilian Unified Health System (SUS)?". It questions the existence of a universalized model of "obesity", which pathologizes fat and pregnant corporealities and may define which people are fit to become pregnant, contributing to reproductive injustices and the justification of discrimination and violence. The "fat-pregnant" composition indicates a double pathologization, both for the body that becomes pregnant and for the fat body, and such corporealities can be understood as sick, abnormal, at risk, and also invisibilized, blamed or punished, which may cause sadness, shame, fears and doubts. The study indicates violations of rights due to the lack of accessibility and physical and emotional abuse related to biomedical understandings and weight stigma/prejudices imbued in maternal health care, at the intersection of structural and medical fatphobia with cases of obstetric violence, which I denominate obstetric fatphobia. The fat body/body fat emerges as an important social determinant for dealing with pregnancy, motherhood, health and accessibility, alongside other aspects, such as social class, race and age. It should be emphasized that people in their fat bodies can experience healthy pregnancies and births, and bringing their experiences to the scene enables new understandings about the potentiality of fat bodies and highlights other possibilities of pregnancy, childbirth, motherhood and well-being beyond the "ideal" ones. In order to arrive at these reflections, I conducted a qualitative study with an ethnographic approach, comprising open online and face-to-face interviews with 3 SUS users who had babies up to 2 years ago and already considered themselves fat before pregnancy. Finally, I also performed non-participant observations of groups on the Facebook social network and online forums for pregnant women (which include private health services), with notes in a field diary.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectGordofobiapt_BR
dc.subjectMedical fatphobiaen
dc.subjectViolência obstétricapt_BR
dc.subjectObstetric violenceen
dc.subjectSaúde maternapt_BR
dc.subjectMaternal healthen
dc.subjectFat bodyen
dc.titleGordofobia obstétrica e corporalidades : experiências de gestantes gordas diante dos entendimentos de obesidadept_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001194045pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Socialpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples