Comparação de métodos para estimativa de vazões para locais sem dados : estudo de caso para a Bacia do Rio Ibicuí - RS

Abstract

Este trabalho busca compreender qual o método mais adequado para a estimativa de vazão em locais sem dados para a bacia do rio Ibicuí, no Rio Grande do Sul, em condições de vazão alta e de vazão baixa. Para isso, optou-se pela análise dos métodos de modelagem hidrológica, através do MGB-IPH, e de regionalização de vazões, por meio do método de vazão específica. A fim de realizar as análises, objetivou-se obter os valores de vazões de referência para vazões altas, vazão com tempo de retorno de 5 anos (QTR5), e para vazões baixas, vazão com 90% de permanência (Q90%). Utilizou-se um método de split-sample onde 2/3 das amostras são utilizadas no período de calibração, que contemplou os anos de 2006 a 2020, e 1/3 das amostras destinam-se a validação, utilizado o período de 1991 a 2005. Os resultados apontam que o método de regionalização apresentou melhor desempenho global do que a modelagem hidrológica pelo MGB-IPH, tanto em vazões altas, como em vazões baixas. Contudo, das 4 estações avaliadas, a modelagem hidrológica mostrou-se mais otimizada para uma estação para vazões baixas e em uma estação para vazões altas, demonstrando que os estudos hidrológicos demandam diferentes abordagens para sua compreensão integral.

This project aims to understand the most suitable method for estimating flow in locations without data for the Ibicuí River basin in Rio Grande do Sul, under both high and low flow conditions. For this purpose, the analysis focused on hydrological modeling methods using MGB-IPH and flow regionalization methods using the specific flow method. To conduct the analyses, the objective was to obtain reference flow values for high flows, represented by the 5-year return period flow (QTR5), and for low flows, represented by the 90% exceedance flow (Q90%). A split-sample method was employed, where 2/3 of the samples were used for calibration covering the years 2006 to 2020, and 1/3 of the samples were reserved for validation, covering the period from 1991 to 2005. The results indicate that the regionalization method demonstrated better overall performance than hydrological modeling using MGB-IPH, both for high and low flows. However, among the 4 evaluated stations, hydrological modeling proved to be more optimized for one station for low flows and for one station for high flows, demonstrating that hydrological studies require different approaches for comprehensive understanding.