Show simple item record

dc.contributor.advisorMarques, Flávia Charãopt_BR
dc.contributor.authorCarvalho, Luna Dalla Rosapt_BR
dc.date.accessioned2024-03-07T05:00:36Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/272970pt_BR
dc.description.abstractDesde a década de 1980 o bioma Pampa vem passando por transformações, desencadeadas pela chegada de novas atividades econômicas, como a silvicultura de eucalipto, as lavouras de soja e recentemente por novos projetos de mineração. A tese busca investigar como vem se dando as transformações territoriais e como os atores estão interferindo no curso das mudanças a partir de seus agenciamentos e dos novos relacionamentos que passam a estabelecer com a materialidade dos seus territórios. A partir de uma perspectiva sociomaterial busca-se dar foco para como as transformações modificam os arranjos construídos entre humanos, não humanos e certos materiais nos territórios. Inicia-se apresentando como, a partir de diferentes relações sociomateriais e práticas territoriais, se dá a construção de territórios de vida no Pampa. Em seguida adentra-se nos processos de territorialização das atividades extrativas, revelando misturas, conflitos e interfaces que estabelecem com os mundos de vida locais, provocando desterritorializações. Como desdobramento de tais processos e a partir da criatividade dos atores surgem alianças sociomateriais onde novos valores passam a ser dados para certos seres e materiais que estavam presentes nos territórios como rios, rochas, capões de mato, vestígios arqueológicos, animais silvestres etc. São diferentes processos de re-territorialização e contra-desenvolvimento que surgem como resultado inesperado dos processos de desenvolvimento extrativista no Pampa. Como resposta ao avanço dos projetos de megamineração no bioma surge um território de contestação, formado por diferentes atores mobilizados e seus agenciamentos. Tal território se constrói a partir das arenas em que a questão da mineração é debatida e passa a formar diferentes campos de atuação onde a contestação à mineração passa a estar em interface com outras questões já debatidas como a questão da conservação e sustentabilidade do bioma, dos povos e comunidades tradicionais pampeanos e do patrimônio imaterial vinculado à vida campeira. Sugere-se que a partir dos debates suscitados pelo avanço da megamineração amplia-se o que pode ser entendido enquanto um “Pampa público”. Por fim descrevem-se as relações sociomateriais que constroem um território da lã no Pampa, formado por diferentes tramas de cooperação entre mulheres, lãs, ovelhas, plantas nativas, pecuaristas etc. Os resultados da tese apontam que as transformações territoriais no Pampa não se resumem à substituição da pecuária e implantação de novas atividades econômicas. Reconhecendo a agência dos atores e os variados movimentos de criação e recriação de territórios existenciais percebem-se as disputas cosmopolíticas envolvidas nos processos de desenvolvimento, que atualizam o bioma e apontam para diferentes cursos de ação, para além do caminho aparentemente inescapável do extrativismo contemporâneo.pt_BR
dc.description.abstractDesde la década de 1980, el bioma pampeano ha experimentado transformaciones, desencadenadas por la llegada de nuevas actividades económicas, como la silvicultura de eucalipto, el cultivo de soja y recientemente por nuevos proyectos mineros. La tesis busca investigar cómo se vienen produciendo transformaciones territoriales y cómo los actores están interfiriendo en el curso de los cambios a partir de sus agencias y las nuevas relaciones que están estableciendo con la materialidad de sus territorios. Desde una perspectiva sociomaterial, buscamos centrarnos en cómo las transformaciones modifican los arreglos construidos entre humanos, no humanos y ciertos materiales en los territorios. Se inicia presentando cómo, a partir de diferentes relaciones sociomateriales y prácticas territoriales, se produce la construcción de territorios de vida en la Pampa. Luego profundiza en los procesos de territorialización de las actividades extractivas, revelando mezclas, conflictos e interfaces que establecen con los mundos de vida locales, provocando su desterritorialización. Como desarrollo de tales procesos y desde la creatividad de los actores, surgen alianzas sociomateriales donde se comienzan a otorgar nuevos valores a ciertos seres y materiales que estuvieron presentes en los territorios como ríos, rocas, matorrales de bosques, restos arqueológicos, animales salvajes, etc. Existen diferentes procesos de reterritorialización y contradesarrollo que surgen como resultado inesperado de los procesos de desarrollo extractivo en la Pampa. Como respuesta al avance de los proyectos megamineros en el bioma, emerge un territorio contestatario, formado por diferentes actores movilizados y sus agenciamentos. Tal territorio se construye a partir de los espacios en los que se debate el tema minero y comienza a configurar diferentes campos de acción donde el desafío de la minería hace interfaces con otros temas ya debatidos, como el tema de la conservación y sostenibilidad del bioma, los pueblos y comunidades tradicionales pampeanos y el patrimonio inmaterial vinculado a la vida rural. Se sugiere que a partir de los debates suscitados por el avance de la megaminería se amplía lo que puede entenderse como un “Pampa público”. Finalmente, se describen las relaciones sociomateriales que construyen un territorio lanero en la Pampa, formado por diferentes redes de cooperación entre mujeres, lanas, ovinos, plantas nativas, creadores de ovejas, etc. Los resultados de la tesis señalan que las transformaciones territoriales en la Pampa no se limitan a la substitución de la ganadería y la implementación de nuevas actividades económicas. Reconociendo la agencia de los actores y los variados movimientos de creación y recreación de territorios existenciales, se perciben las disputas cosmopolíticas involucradas en los procesos de desarrollo, que actualizan el bioma y apuntan a diferentes cursos de acción, más allá del camino aparentemente ineludible del extractivismo contemporáneo.es
dc.description.abstractSince the 1980s, the Pampa biome has been undergoing transformations, triggered by the arrival of new economic activities, such as eucalyptus forestry, soybean crops and recently by new mining projects. The thesis seeks to investigate how the territorial transformations are taking place and how the actors are interfering in the course of the changes from their agencies and the new relationships that they start to establish with the materiality of their territories. From a socio-material perspective, we seek to focus on how transformations modify the arrangements built between humans, nonhumans and certain materials in territories. It begins by presenting how, based on different sociomaterial relations and territorial practices, the construction of life territories in the Pampa takes place. Then, it enters into the processes of territorialization of extractive activities, revealing mixtures, conflicts and interfaces that they establish with the local lifeworlds, causing deterritorializations. As a result of such processes and based on the creativity of the actors, socio-material alliances emerge where new values are given to certain beings and materials that were present in the territories such as rivers, rocks, bushes, archaeological remains, wild animals, etc. There are different processes of reterritorialization and counter-development that emerge as an unexpected result of extractive development processes in the Pampa. As a response to the advance of megamining projects in the biome, a contestation territory emerges, formed by different mobilized actors and their agencies. Such a territory is built from the arenas in which the issue of mining is debated and begins to form different fields of action where the challenge to mining interfaces with other issues already debated, such as the issue of conservation and sustainability of the biome, the “pampeano” traditional peoples and communities and the intangible heritage linked to rural life. It is suggested that from the debates raised by the advance of megamining, what can be understood as a “public Pampa” is expanded. Finally, the socio-material relations that build a wool territory in the Pampa are described. It”s formed by different webs of cooperation between women, wool, sheep, native plants, ranchers, etc. The results of the thesis point out that the territorial transformations in the Pampa are not limited to the replacement of livestock and the implementation of new economic activities. Recognizing the agency of the actors and the varied creation and recreation movements of existential territories, the cosmopolitical disputes involved in the development processes are perceived, which update the biome and point to different courses of action, beyond the seemingly inescapable path of contemporary extractivism.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectTransformaciones territorialeses
dc.subjectTerritóriopt_BR
dc.subjectTerritorialidadept_BR
dc.subjectRelaciones sociomaterialeses
dc.subjectPecuáriapt_BR
dc.subjectExtractivismoes
dc.subjectContradesarrolloes
dc.subjectTerritorial transformationsen
dc.subjectSocio-material relationsen
dc.subjectExtractivismen
dc.subjectCounter-developmenten
dc.titleVitalidades territoriais emergentes num Pampa em transformação : associações sociomateriais e contradesenvolvimentopt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor-coArce, Albertopt_BR
dc.identifier.nrb001197820pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Ciências Econômicaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento Ruralpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Files in this item

Thumbnail
   

This item is licensed under a Creative Commons License

Show simple item record