O dispositivo da entrevista no campo da saúde mental : repercussões a partir da experiência de entrevistador e das relações entre os atores de um Centro de Atenção Psicossocial
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2016Author
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Abstract in Portuguese (Brasil)
Este trabalho tomou como objeto de reflexão a experiência de entrevistador adquirida em um CAPS em papel exercido junto ao “Inquérito Sobre o Funcionamento da Atenção Básica à Saúde e do Acesso à Atenção Especializada em Regiões Metropolitanas Brasileiras”. Buscou-se dar vazão ao que o dispositivo da entrevista provocou de repercussões, de modo a questionar as formas de produção de conhecimento no campo da saúde mental tendo como sujeitos da pesquisa as pessoas que buscam assistência nestes. De ...
Este trabalho tomou como objeto de reflexão a experiência de entrevistador adquirida em um CAPS em papel exercido junto ao “Inquérito Sobre o Funcionamento da Atenção Básica à Saúde e do Acesso à Atenção Especializada em Regiões Metropolitanas Brasileiras”. Buscou-se dar vazão ao que o dispositivo da entrevista provocou de repercussões, de modo a questionar as formas de produção de conhecimento no campo da saúde mental tendo como sujeitos da pesquisa as pessoas que buscam assistência nestes. De forma a sedimentar as bases da discussão aqui pretendida, realiza-se a descrição dos caminhos que levaram a constituição dos CAPS ao longo do tempo, demonstrando basicamente o que se coloca em jogo a partir do movimento reformativo da Reforma Psiquiátrica. Dessa forma, questiona-se o método da entrevista no campo da saúde mental, pensando sobre seus limites e potencialidades no que se refere à possibilidade dessa ferramenta de pesquisa estar em sintonia com o ideário do redirecionamento da assistência em saúde mental que promove o cuidar em liberdade. Assim como, no que tange às interseções entre a antropologia e a área da saúde mental, tomo como referências os trabalhos de João Biehl (2007; 2008) e Mário Poglia (2014; 2015), que direcionam a disciplina antropológica para esse campo de atuação de forma a questionar sua capacidade de lidar com essa alteridade, assim como demonstrar às potencialidades dessa articulação. Por fim, o trabalho ainda almeja discutir a dimensão espacial do serviço substitutivo de saúde mental estabelecendo diálogo com a diretriz da política nacional de humanização nomeada de ambiência. As considerações finais apontam para os desafios ainda vigentes a respeito das relações constituídas tanto durante a pesquisa, quanto no tocante ao próprio contexto de interação entre usuário do Sistema Único de Saúde e equipe profissional. ...
Abstract
This work took as an object of reflection the experience of interviewer acquired in a CAPS through the role carried out within “Inquérito Sobre o Funcionamento da Atenção Básica à Saúde e do Acesso à Atenção Especializada em Regiões Metropolitanas Brasileiras”. It was sought to give vent to what the interview device provoked of repercussions, in order to question the forms of production of knowledge in the field of mental health having as research subjects the people who seek assistance in thes ...
This work took as an object of reflection the experience of interviewer acquired in a CAPS through the role carried out within “Inquérito Sobre o Funcionamento da Atenção Básica à Saúde e do Acesso à Atenção Especializada em Regiões Metropolitanas Brasileiras”. It was sought to give vent to what the interview device provoked of repercussions, in order to question the forms of production of knowledge in the field of mental health having as research subjects the people who seek assistance in these. In order to establish the basis of the discussion here, a description is made of the paths that led to the constitution of the CAPS over time, basically demonstrating what is at stake from the reformist movement of the Psychiatric Reform. Thus, the interview method in the field of mental health is questioned, thinking about its limits and potentialities regarding the possibility of this research tool being in line with the idea of the redirection of mental health care that promotes care in freedom. As with the intersections between anthropology and the area of mental health, I take as reference the works of João Biehl (2007; 2008) and Mário Poglia (2014; 2015), who direct the anthropological discipline for this field of activity. In order to question their capacity to deal with this otherness, as well as to demonstrate the potentialities of this articulation. Finally, the work still aims to discuss the spatial dimension of the substitutive mental health service establishing dialogue with the guideline of the national policy of humanization named ambience. The final considerations point to the challenges still prevailing regarding the relationships constituted during the research, as well as the context of interaction between users of the Unified Health System and professional staff. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de Ciências Sociais: Bacharelado.
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