Inserção profissional e mobilidade social dos egressos dos Cursos de Administração no Brasil
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Date
2019Author
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Academic level
Master
Type
Abstract in Portuguese
Em um período marcado por momentos de crise econômica, trajetórias laborais cada vez mais segmentadas e precarizadas acontecem, principalmente entre os jovens, mesmo em um contexto de expansão do ensino superior nos últimos 10 anos no Brasil. Diante disso, este estudo teve por objetivo Analisar o processo de inserção profissional e a mobilidade social dos egressos do curso de Administração no Brasil, com idades entre 18 e 36 anos e formados a partir de 2011. A escolha pelo curso de Administraçã ...
Em um período marcado por momentos de crise econômica, trajetórias laborais cada vez mais segmentadas e precarizadas acontecem, principalmente entre os jovens, mesmo em um contexto de expansão do ensino superior nos últimos 10 anos no Brasil. Diante disso, este estudo teve por objetivo Analisar o processo de inserção profissional e a mobilidade social dos egressos do curso de Administração no Brasil, com idades entre 18 e 36 anos e formados a partir de 2011. A escolha pelo curso de Administração decorre do fato de que compreende uma das áreas com o maior número de matrículas em nível de graduação, sem contabilizar os cursos de pós-graduação (especializações, mestrados e doutorados). Em 2017 foram 682.555 matrículas no curso de Administração e 73.498 matrículas no bacharelado em Administração Pública (INEP, 2018), considerados as duas principais formações na área. Para tanto, o estudo foi sustentado na literatura sobre Inserção Profissional e Mobilidade Social. Foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva, de corte transversal com 847 egressos dos cursos de Administração no Brasil. Os egressos participantes se distribuíram da seguinte forma entre as regiões do país: 344 (Sudeste), 244 (Sul), 163 (Nordeste), 56 (Centro-oeste) e 40 (Norte). Alguns resultados mostraram que: os egressos pesquisados são, via de regra, solteiros ou casados; não possuem filhos ou possuem pelo menos 1 (um). 97,9% cursaram Administração e, somente, 2,1% Administração Pública. Geralmente, fizeram suas graduações em universidades (67,8%) e faculdades (20,5%), em instituições de ensino privadas (54,7%). No geral, ingressaram no curso por vestibular (61,4%), FIES (5,4%) e ENEM (20,8%) – em suas modalidades PROUNI (18,5%) e SISU (6,3%). Entre os egressos que tiveram cotas, as mais frequentes foram pelos critérios econômico (4,3%), étnico-racial (3,8%) e étnico-racial e econômico (0,9 %). 80,9% estão trabalhando, sendo que 62,6% firmaram contratos de trabalho por tempo indeterminado; 63,4% cumprem jornada de trabalho em tempo integral. 36,6% trabalham em grandes empresas, sendo que 50,2% trabalham em empresas privadas. 58,7% atuam no setor dos serviços. A renda média bruta mensal dos egressos é de R$ 3.145,10. 17,1% ficaram de 1 a 5 meses sem trabalho após a formação, 39,1% continuam na mesma organização, 23% trocaram apenas 1 vez de trabalho e 16,6% nunca trocaram de trabalho e não estão trabalhando. Os egressos perceberam que o ensino superior permitiu trabalhos que dificilmente conseguiriam antes; afirmaram que em processos seletivos os cursos de bacharelado são preferidos; e que o status da instituição é importante para a inserção no mercado de trabalho. Os egressos ocupam, geralmente, cargos como analistas, assistentes, auxiliares, coordenadores e professores. Concernente à mobilidade social, 22,3% dos pais (homens) possuem ensino fundamental de 1ª a 4ª série, 13,7% possuem ensino fundamental completo e 23,1% ensino médio completo, no geral. Quanto às mães, os resultados se repetem, mas nos seguintes percentis: 18,3%, 14,6% e 26%. Quanto aos rendimentos da família, a média da amostra é R$ 7.885,31. Os egressos percebem que estão em melhores ocupações em relação a seus pais quando tinham a mesma idade, contudo, percebem que a remuneração e as atividades profissionais estão abaixo da qualificação que possuem. Por fim, este estudo buscou fortalecer discussões sobre desigualdades sociais e ocupacionais, enfatizando as desigualdades de classe, gênero e raça/cor/etnia ainda muito presentes no mercado de trabalho, especificamente, e também em outros campos sociais. Certamente, não se tem por pretensão encerrar as discussões sobre os temas, tampouco na Administração. Pelo contrário, há de se instigar novas perspectivas de estudo. ...
Abstract
In a period marked by times of economic crisis, increasingly segmented and precarious labor trajectories occur, especially among young people, even in a context of expansion of higher education in the last 10 years in Brazil. The purpose of this study was to analyze the process of professional insertion and social mobility of graduates of the Administration course in Brazil, aged between 18 and 36 years and graduated from 2011. The choice for the course of Administration stems from the fact whi ...
In a period marked by times of economic crisis, increasingly segmented and precarious labor trajectories occur, especially among young people, even in a context of expansion of higher education in the last 10 years in Brazil. The purpose of this study was to analyze the process of professional insertion and social mobility of graduates of the Administration course in Brazil, aged between 18 and 36 years and graduated from 2011. The choice for the course of Administration stems from the fact which includes one of the areas with the highest number of undergraduate degrees, without accounting for postgraduate courses (specializations, masters and doctorates). In 2017 there were 682,555 enrollments in the Administration course and 73,498 enrollments in the bachelor's degree in Public Administration (INEP, 2018), considered the two main training courses in the area. Therefore, the study was supported in the literature on Professional Insertion and Social Mobility. A descriptive, cross - sectional quantitative survey was conducted with 847 graduates from the Administration courses in Brazil. The participants were distributed as follows among the regions of the country: 344 (Southeast), 244 (South), 163 (Northeast), 56 (Midwest) and 40 (North). Some results showed that: the researched graduates are, as a rule, single or married; do not have children or have at least 1 (one). 97.9% attended Administration and only 2.1% Public Administration. Generally, they graduated in universities (67.8%) and colleges (20.5%) in private educational institutions (54.7%). In general, they entered the course by entrance examination (61.4%), FIES (5.4%) and ENEM (20.8%) - in their modalities PROUNI (18.5%) and SISU (6.3%). Among the graduates who had quotas, the most frequent were the economic (4.3%), ethnic-racial (3.8%) and ethnic-racial and economic (0.9%) criteria. 80.9% are working, and 62.6% signed employment contracts for an indefinite period; 63.4% complete a full-time working day. 36.6% work in large companies, with 50.2% working in private companies. 58.7% work in the services sector. The gross monthly income of the graduates is R $ 3,145.10. 17.1% went from 1 to 5 months without work after training, 39.1% remained in the same organization, 23% only traded 1 time and 16.6% never changed jobs and were not working. The graduates realized that higher education permitted jobs they could hardly achieve before; they affirmed that in selective processes the baccalaureate courses are preferred; and that the status of the institution is important for the insertion in the job market. Graduates generally hold positions such as analysts, assistants, auxiliaries, coordinators and teachers. Concerning social mobility, 22.3% of the parents (men) have elementary education from 1st to 4th grade, 13.7% have completed elementary education and 23.1% complete secondary education in general. As for mothers, the results are repeated, but in the following percentiles: 18.3%, 14.6% and 26%. Regarding family income, the sample average is R $ 7,885.31. The graduates realize that they are in better occupations with their parents when they were the same age, however, they realize that the remuneration and the professional activities are below the qualification that they possess. Finally, this study sought to strengthen discussions about social and occupational inequalities, emphasizing the inequalities of class, gender and race / color / ethnicity still very present in the labor market, specifically, and also in other social fields. Certainly, it is not intended to close the discussions on the subjects, nor in the Administration. On the contrary, new perspectives of study are to be instigated. Keywords: Professional Insertion. Social Mobility. Egresses. Administration. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Administração. Programa de Pós-Graduação em Administração.
Collections
-
Applied and Social Sciences (6072)Administration (1954)
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