Preditores de Burnout em profissionais de enfermagem durante e após a pandemia de COVID-19 : coorte prospectiva
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Date
2025Advisor
Academic level
Master
Type
Subject
Abstract in Portuguese (Brasil)
Introdução: O caráter do trabalho de enfermagem, bem como precárias condições de trabalho, má gestão do sistema de saúde e frequente escassez de equipamentos básicos para realização das atividades, é um comum intensificador da pressão psicológica e do desgaste físico, podendo levar à Síndrome de Burnout (SB). Durante a pandemia, a saúde psíquica destes profissionais foi ainda mais prejudicada, tornando-os vulneráveis e aumentando significativamente a prevalência de burnout. No entanto, há uma l ...
Introdução: O caráter do trabalho de enfermagem, bem como precárias condições de trabalho, má gestão do sistema de saúde e frequente escassez de equipamentos básicos para realização das atividades, é um comum intensificador da pressão psicológica e do desgaste físico, podendo levar à Síndrome de Burnout (SB). Durante a pandemia, a saúde psíquica destes profissionais foi ainda mais prejudicada, tornando-os vulneráveis e aumentando significativamente a prevalência de burnout. No entanto, há uma lacuna do conhecimento acerca da SB em profissionais de enfermagem no período pós-pandêmico, especialmente em estudos de coorte. Objetivo: Analisar preditores de burnout em profissionais de enfermagem durante e após a pandemia da COVID-19. Método: Estudo quantitativo, multicêntrico, analítico e de coorte prospectiva, realizado durante dois momentos: durante a pandemia - momento de pico da Covid-19, coletada em 2020, e após a pandemia - momento de estabilização da curva epidemiológica e ampla cobertura vacinal, coletada em 2022. Fizeram parte do estudo quatro hospitais gaúchos que atenderam doentes com coronavírus. Dados sociodemográficos, laborais, hábitos de vida e saúde, bem como referentes ao Maslach Burnout Inventory foram extraídos a partir do banco de dados obtido no projeto maior. Os dados foram analisados pelo programa SPSS versão 20, com teste Qui-Quadrado e análise múltipla, por meio do modelo de Regressão de Poisson expressa em Razão de Prevalência, e seus respectivos intervalos de confiança (IC 95%). Foram consideradas como diferenças estatisticamente significativas os dados com “p” bicaudal menor que 0,05, e com intervalo de confiança de 95%. O projeto maior foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o parecer n° 4.152.027. Resultados: A amostra final do estudo contou com 163 participantes. Observa-se que 9,2% profissionais apresentaram a SB no ano de 2020, reduzindo para 7,4% em 2022. Em relação aos domínios do inventário, 27% dos profissionais apresentaram Exaustão Emocional em 2020, e 26,4% em 2022. Em relação à Despersonalização, foram 28,2% e 25,2% profissionais adoecidos, respectivamente, durante e após a pandemia. A baixa Realização Profissional, por sua vez, foi identificada em 29,4% em 2020, aumentando para 30,1% dos trabalhadores em 2022. Os trabalhadores apresentaram fatores preditores distintos para a SB e suas dimensões, sendo os principais: perceber o impacto da pandemia na saúde mental (p<0,001), ter doenças psíquicas anteriores (p=0,001), ter tido afastamentos por questões de saúde (p=0,006), atendimento ao paciente com covid-19 (p=0,010). Conclusões: A presença de SB foi semelhante durante e após a pandemia. Foi possível identificar fatores preditores para a SB e seus domínios nos profissionais de enfermagem. Faz-se necessário estudos de intervenções com vistas à promoção da saúde dos trabalhadores, e prevenção e redução dos sintomas negativos. ...
Abstract
Introduction: The nature of nursing work, along with poor working conditions, inadequate healthcare system management, and frequent shortages of basic equipment for carrying out tasks, commonly intensifies psychological pressure and physical exhaustion, which can lead to Burnout Syndrome (BS). During the pandemic, the mental health of these professionals was further compromised, making them more vulnerable and significantly increasing the prevalence of burnout. However, there is a knowledge gap ...
Introduction: The nature of nursing work, along with poor working conditions, inadequate healthcare system management, and frequent shortages of basic equipment for carrying out tasks, commonly intensifies psychological pressure and physical exhaustion, which can lead to Burnout Syndrome (BS). During the pandemic, the mental health of these professionals was further compromised, making them more vulnerable and significantly increasing the prevalence of burnout. However, there is a knowledge gap regarding BS in nursing professionals in the post-pandemic period, especially in cohort studies. Objective: To analyze predictors of burnout in nursing professionals during and after the COVID-19 pandemic. Method: This is a quantitative, multicenter, analytical, and prospective cohort study conducted at two different points: during the pandemic—at the peak of COVID-19, with data collected in 2020—and after the pandemic—during the stabilization of the epidemiological curve and widespread vaccination, with data collected in 2022. The study included four hospitals in southern Brazil that treated COVID-19 patients. Sociodemographic, work-related, lifestyle, health-related data, as well as information from the Maslach Burnout Inventory, were extracted from the database obtained from the larger project. The data were analyzed using SPSS version 20, with Chi Square tests and multiple analysis through Poisson Regression Model expressed as Prevalence Ratios (PR) and their respective 95% Confidence Intervals (CI). Statistically significant differences were considered when the p-value was less than 0.05 and with a 95% confidence interval. The larger project was approved by the Research Ethics Committee (number 4.152.027). Results: It was observed that 9.2% of professionals experienced BS in 2020, which decreased to 7.4% in 2022. Regarding the domains of the inventory, 27% of professionals reported Emotional Exhaustion in 2020, and 26.4% in 2022. Regarding Depersonalization, 28.2% and 25.2% of professionals were affected, respectively, during and after the pandemic. Low Professional Accomplishment was identified in 29.4% in 2020, increasing to 30.1% of workers in 2022. The workers showed distinct predictors for BS and its dimensions, with the main predictors being: perceiving the impact of the pandemic on mental health (p<0.001), having previous mental health issues (p=0.001), having taken medical leave for health reasons (p=0.006), and working with COVID-19 patients (p=0.010). Conclusions: The prevalence of BS was similar during and after the pandemic. Predictive factors for BS and its domains were identified among nursing professionals. Intervention studies aimed at promoting workers' health, as well as preventing and reducing negative symptoms, are necessary. ...
Resumen
Introducción: El carácter del trabajo de enfermería, así como las precarias condiciones laborales, la mala gestión del sistema de salud y la frecuente escasez de equipos básicos para la realización de las actividades, son factores comunes que intensifican la presión psicológica y el desgaste físico, pudiendo llevar al Síndrome de Burnout (SB). Durante la pandemia, la salud psíquica de estos profesionales se vio aún más afectada, volviéndolos vulnerables y aumentando significativamente la preval ...
Introducción: El carácter del trabajo de enfermería, así como las precarias condiciones laborales, la mala gestión del sistema de salud y la frecuente escasez de equipos básicos para la realización de las actividades, son factores comunes que intensifican la presión psicológica y el desgaste físico, pudiendo llevar al Síndrome de Burnout (SB). Durante la pandemia, la salud psíquica de estos profesionales se vio aún más afectada, volviéndolos vulnerables y aumentando significativamente la prevalencia del burnout. Sin embargo, existe una brecha de conocimiento acerca del SB en profesionales de enfermería en el período pospandémico, especialmente en estudios de cohorte. Objetivo: Analizar predictores de burnout en profesionales de enfermería durante y después de la pandemia de COVID-19. Método: Estudio cuantitativo, multicéntrico, analítico y de cohorte prospectiva, realizado en dos momentos: durante la pandemia – momento de pico de la COVID-19, con recolección de datos en 2020; y después de la pandemia – momento de estabilización de la curva epidemiológica y amplia cobertura vacunal, con recolección en 2022. Participaron en el estudio cuatro hospitales del estado de Rio Grande do Sul que atendieron pacientes con coronavirus. Los datos sociodemográficos, laborales, hábitos de vida y salud, así como los referentes al Maslach Burnout Inventory, fueron extraídos de la base de datos obtenida en el proyecto principal. Los datos fueron analizados con el programa SPSS versión 20, utilizando la prueba de Chi-Cuadrado y análisis múltiple, mediante el modelo de Regresión de Poisson expresado en Razón de Prevalencia y sus respectivos intervalos de confianza (IC del 95%). Se consideraron diferencias estadísticamente significativas aquellos datos con “p” bilateral menor de 0,05 y con intervalo de confianza del 95%. El proyecto principal fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación, bajo el dictamen n.º 4.152.027. Resultados: La muestra final del estudio contó con 163 participantes. Se observa que el 9,2% de los profesionales presentó SB en el año 2020, reduciéndose al 7,4% en 2022. En relación con los dominios del inventario, el 27% de los profesionales presentó Agotamiento Emocional en 2020, y el 26,4% en 2022. En cuanto a la Despersonalización, fueron el 28,2% y el 25,2% de los profesionales afectados, respectivamente durante y después de la pandemia. La baja Realización Profesional, por su parte, fue identificada en el 29,4% en 2020, aumentando al 30,1% de los trabajadores en 2022. Los trabajadores presentaron factores predictores distintos para el SB y sus dimensiones, siendo los principales: percibir el impacto de la pandemia en la salud mental (p<0,001), tener enfermedades psíquicas previas (p=0,001), haber tenido licencias por cuestiones de salud (p=0,006), y haber atendido pacientes con COVID-19 (p=0,010). Conclusiones: La presencia del SB fue similar durante y después de la pandemia. Fue posible identificar factores predictores para el SB y sus dominios en los profesionales de enfermería. Se hace necesario realizar estudios de intervención con vistas a la promoción de la salud de los trabajadores, así como la prevención y reducción de los síntomas negativos. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
Collections
-
Health Sciences (9580)Nursing (675)
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