O que lemos, o que nos inquieta : os quadrinhos e as splash pages em Saga

Abstract

Por sua condição híbrida e multimodal e por sua materialidade única, de narrativa ao mesmo tempo sequencial e fragmentada, os quadrinhos são especialmente férteis na produção de imagens. Neste artigo, propomos uma discussão sobre a natureza de tais imagens a partir da série Saga, de Brian Vaughan e Fiona Staples, lançada em 2012 e ainda em circulação. Através de uma leitura atenta da obra, e com base em estudos de Didi-Huberman (1998), Barthes (1984) e Wolk (2007), sugerimos reflexões acerca da inquietação gerada pelas splash pages da série, bem como o diálogo que se estabelece entre criador, obra e leitor.

Due to their hybridism, multimodality and specific materiality (sequential and fragmented at the same time), comic books are particularly rich in producing images. Through an attentive reading of Saga, an ongoing series by Brian Vaughan and Fiona Staples (first released in 2012), and the works of Didi-Huberman (1998), Barthes (1984) and Wolk (2007), we propose a debate on the nature of such images. We aim to offer critical reflections on the “disturbing” aspects generated by the splash pages in the series and on the multiple dialogues established between creator, work and reader.